Apamagis participa de cerimônia de assinatura de termo de adesão da prefeitura de São Bernardo do Campo à campanha Sinal Vermelho

4 de abril de 2022

A presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, abriu a cerimônia de assinatura do termo de adesão da Prefeitura e da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo (Acisbec) à campanha Sinal Vermelho. O evento, realizado nesta segunda-feira (4/4), na sede da entidade, também contou com o apoio do CNJ e da AMB.

Além de Vanessa Mateus, a cerimônia teve a presença do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando; da primeira-dama e deputada estadual Carla Morando; da procuradora regional da República, Maria Cristiana Ziouva; da diretora de Relações Institucionais da Apamagis e da AMB, Clarissa Tauk; da presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Ana Claudia Cotait; do presidente da Acisbec, Valter Moura; da diretora-tesoureira do Conselho Regional de Farmácia, Danyelle Marini; e do presidente da 39ª Subseção da OAB de SBC, Luiz Ricardo Biagioni Bertanha.

Vanessa Mateus – presidente da Apamagis (foto: Ariane Martins)

 Em sua fala de abertura do evento, Vanessa Mateus afirmou que, no início da pandemia, os processos de violência contra mulheres quando chegavam ao Judiciário já estavam em estágios muito avançados. “Notamos que quase 90% dos feminicídios não tinham registro de ocorrência de violência doméstica antes da morte da mulher. Não havia também nenhum pedido de medida protetiva ou registro de violência anterior. Os processos chegavam ao Judiciário muito tarde.”

A campanha Sinal Vermelho, uma iniciativa da AMB e do CNJ, além de trazer luz sobre o tema, tipificou a lesão corporal praticada contra a mulher por razões da condição do sexo feminino como crime. “Essa campanha tira aquela ideia de que em briga de marido e mulher não se mete a colher, muito pelo contrário, diz que temos que nos meter sim e acionar as autoridades“, afirmou a presidente da Apamagis.

Vanessa Mateus agradeceu o Conselho Regional das Farmácias e o empenho de todas as unidades do país, as primeiras a aderir à campanha, que hoje conta com apoio de outros estabelecimentos comerciais. “O Conselho Regional de Farmácias abraçou esta campanha desde o primeiro momento em que ela foi cogitada. Elas foram o primeiro abrigo das mulheres. Quando tudo estava fechado, quando a pandemia nos colocou em isolamento, as farmácias estavam abertas e aptas a atender as denúncias de violência doméstica.”

Em seguida, a diretora de Relações Institucionais da Apamagis e da AMB, Clarissa Tauk, lembrou como a campanha Sinal Vermelho evoluiu nesses dois anos, contando hoje com a participação de mais de 15 mil estabelecimentos. “Foi iniciado com as farmácias não só por estarem abertas no início da pandemia, mas também pela capilaridade, já que em todo bairro há uma farmácia. Hoje já virou lei nacional.”

Clarissa Tauk – diretora de Relações Institucionais da Apamagis (foto: Ariane Martins)

Clarissa Tauk também explicou o motivo pelo qual foram escolhidos o batom e a cor vermelha como símbolo da campanha. “O batom é algo muito próximo da mulher. E vermelho é uma cor intuitiva do perigo.“

Para Valter Moura, cabe à Acisbec e à Facesp promover a mobilização dos conveniados. Industriais, prestadores de serviço e comerciantes, através de todos os meios de comunicação possíveis, podem dar apoio a essa importante campanha em benefício das mulheres.”

Referindo-se a sua área de atuação, Ana Claudia Cotait chamou a atenção para a importância da adoção de políticas públicas e do apoio de entidades privadas para a promoção do empreendedorismo entre as mulheres. “Se a mulher empreende, se fortalece e consegue ter um apoio financeiro. A liberdade financeira nesses casos é muito importante.” E a todas as mulheres que não empreendem a presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Facesp mandou uma mensagem: “Procurem-nos que nós as ajudaremos a sair dessa situação fortalecida“.

Ana Claudia Cutait – presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da FACESP (foto: Ariane Martins)

Já a procuradora regional da República, Maria Cristiana Ziouva, destacou que todo trabalho em torno da campanha Sinal Vermelho, até agora, valeu a pena e agradeceu o empenho da Polícia Militar de São Paulo nesta luta. “Se com essa campanha nós tivéssemos salvo apenas uma mulher, ja teria valido a pena. Muitas já foram salvas e outras serão. E não posso deixar de agradecer à Polícia Militar que esteve presente desde o início da campanha de prontidão para nos ajudar.“

Maria Cristiana Ziouva – Procuradora Regional da República (foto: Ariane Martins)

A primeira-dama de São Bernardo do Campo e deputada estadual Carla Morando contou que conversou muito com o marido para dar essa contribuição da cidade para o combate à violência contra a mulher, inclusive, sugerindo campanhas publicitárias. “Já aproveito aqui na presença de todos para pedir ao meu marido que promova uma campanha visual na nossa cidade, em ônibus e outdoors. Assim, conseguiremos divulgar muito mais essa campanha. Porque nós mulheres sabemos que, infelizmente, poucas mulheres chegam a denunciar por falta de conhecimento.”

Deputada Estadual Carla Morando – primeira-dama de São Bernardo (foto: Ariane Martins)

Por fim, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, ponderou que a violência doméstica não escolhe classes sociais. “O agressor é muito parecido com o viciado em drogas, não tem classe social, distinção de formação escolar. Ele está ramificado em todos os setores da sociedade. Ou seja, o agressor é compulsivo.“

O prefeito citou a pesquisa Jusbarômetro, encomendada pela Apamagis e realizada pelo Ipespe para comentar que, infelizmente, o local onde mais ocorre a violência é dentro de casa. “Quando olhamos esse relatório da Apamagis, 77% das agressões via de regra acontecem dentro do lar. Um ambiente protegido.“

Orlando Morando – prefeito de São Bernardo (foto: Ariane Martins)

Orlando Morando ainda destacou outros projetos da Prefeitura de São Bernardo do Campo para coibir a violência contra a mulher, como a Guardiã Maria da Penha, que envolve a Guarda Civil Metropolitana e medidas para proteger as mulheres dentro do transporte público.

Presente também no evento, a diretora-tesoureira do Conselho Regional de Farmácia, Danyelle Marini fez um balanço desses dois anos de campanha e de como as farmácias evoluíram para o atendimento cada vez melhor às vítimas. “A campanha foi tão valiosa para as mulheres que ela se tornou nacional e incorporou várias organizações. As farmácias vão continuar com esse trabalho. O Conselho Regional de Farmácia irá intensificar a capacitação dos colaboradores para que eles possam apoiar essas mulheres que sofrem com as agressões.”

(foto: Ariane Martins)

O presidente da 39ª Subseção da OAB de SBC, Luiz Ricardo Biagioni Bertanha, comentou a campanha do ponto de vista da entidade dos advogados. “ A OAB vê como essencial esse trabalho, de suma importância. A iniciativa incentiva o debate no dia a dia, e a subseção de São Bernardo teve um papel importantíssimo para trazer a Vara de Violência Doméstica aqui para a cidade.”

O coronel Hélio, da PM de São Bernardo do Campo, disse que a campanha ajudou muito na conscientização da população, não só das mulheres: “A PM vem nesses últimos anos intensificando suas ações e os treinamentos dos policiais com relação à postura  e o que devem adotar como providência. E, mais do que isso, promove uma aproximação com a sociedade, com as mulheres, principalmente as que estão em situação de vulnerabilidade“.

(foto: Ariane Martins)

A delegada da Mulher de São Bernardo do Campo, Vivian Paiva Brancalhão, ressaltou que a campanha vem ajudando muito na solução dos casos de violência doméstica e tem um papel fundamental na conscientização. “Acredito que o primeiro reflexo é a conscientização da sociedade de que esse problema existe e que se faz necessário sim a denúncia. Para a vítima foi mais uma ferramenta. Essa forma de denunciar é silenciosa e discreta, o que favorece quem está em situação de extrema vulnerabilidade.”

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