Apamagis convoca associados a doarem para a campanha Nós Por Elas, em prol das juizas afegãs no Brasil
A Apamagis, mais uma vez, presta solidariedade e usa suas plataformas de comunicação para promover a campanha Nós Por Elas e pedir doações que serão destinadas às juízas afegãs e seus familiares em território brasileiro.
A campanha é organizada pela AMB e pelo Banco do Brasil. Para doar há as opções de PIX, transferência e depósito bancário. Confira abaixo a chave PIX, conta e agência:
Banco do Brasil
Agência: 1607-1
Conta Corrente: 80300-6
Nós Por Elas
A campanha Nós Por Elas foi lançada no ano passado pela AMB em um trabalho conjunto de integração com as associações locais de todo o país, entre elas a Apamagis, que desde o início esteve de prontidão para contribuir com o que fosse necessário.
A sede administrativa da Apamagis, inclusive, sediou um evento que contou com a palestra de duas juízas afegãs. As magistradas falaram sobre a história do Afeganistão, a democracia e contaram detalhes do Poder Judiciário no país, assim como a formação dos juízes.

foto: Ariane Martins
Tomada do poder
Em agosto de 2021, o grupo extremista Talibã se aproveitou da saída das tropas norte-americanas do Afeganistão, tomou a capital Cabul e, consequentemente, o poder do país. O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, e seu vice, Amrullah Saleh, fugiram do país, e as forças de segurança afegãs ofereceram pouca resistência, enquanto o Talibã avançava rapidamente.
Isso desencadeou um processo intenso de tentativa de fuga dos afegãos do país e afetou diretamente todos aqueles que trabalhavam no Estado.
Em especial, passaram a ser perseguidas as juízas do país, pelo simples fato de serem mulheres e também por terem participado de processos de condenação de diversos líderes do grupo extremista. Sendo assim, A União Internacional de Magistrados (UIM) e a Associação Internacional das Mulheres Magistradas iniciaram uma articulação para retirar as juízas do Afeganistão.
O resgate
A AMB logo se colocou de prontidão para organizar e colocar em prática uma estratégia para tirar as magistradas do Afeganistão. Dessa forma, foi possível trazer 26 afegãos (entre juízas e familiares) ao território brasileiro.
O 1º vice-presidente da Apamagis, Walter Barone, que também é vice-presidente da UIM, acompanhou de perto esse processo e, na ocasião da palestra realizada na Apamagis, contou que esse trabalho foi como o de um filme de ação. “Houve dificuldade para resgatá-las, pois elas estavam escondidas e não podiam ser identificadas. Fizemos uma operação como aquelas vistas em filmes. Nos comunicávamos com a equipe através de e-mails criptografados. Passei uma madrugada junto ao Itamaraty trocando documentação, e lá no Afeganistão os vistos eram sendo emitidos. O aeroporto de Kabul estava fechado, então, teríamos que tirá-las por terra, mas ainda não sabíamos por qual fronteira. A saída delas foi adiada mais de uma vez. Foi algo muito singular na minha vida.”

foto: Ariane Martins
Solidariedade às juízas afegãs
Os magistrados de São Paulo participaram em novembro do ano passado, em Brasília, da leitura de uma mensagem de solidariedade e da entrega de doações para as juízas recém-chegadas ao Brasil. A mensagem foi lida pela juíza paulista e diretora da AMB Mulheres, Domitilla Manssur. Na ocasião, o grupo BarrElas, formado por magistradas do Fórum da Barra Funda, arrecadou e doou mais de R$ 12 mil reais à campanha Nós Por Elas.
Saiba mais sobre o Civitas e o grupo BarrElas
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