Caminhada Negra em São Paulo reúne magistrados e celebra o legado do abolicionista Luiz Gama
O 2º vice-presidente da Apamagis, Thiago Massad, a diretora do Departamento Social e de Eventos Extraordinários, Laura de Mattos Almeida, e diversos magistrados e convidados participaram, no último sábado (18/11), da III Caminhada Negra pela região central de São Paulo. Organizado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), o evento contou com o apoio da Apamagis e demais associações regionais, em razão do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20/11).
O grupo foi conduzido pela guia de turismo Débora Pinheiro, do Guia Negro, plataforma especializada em afroturismo. Esta edição foi dedicada ao advogado e jornalista Luiz Gama, conhecido como o maior abolicionista do Brasil. A caminhada começou na Rua da Consolação e terminou no Largo do Arouche.
Um dos pontos visitados foi o cemitério da Consolação, onde está o túmulo de Luiz Gama. Na entrada do local, está pintado um trecho do poema “Quem sou eu”, do líder negro: “Quem sou eu? Que importa quem?/ Sou um trovador proscrito,/ Que trago na fronte escrita/ Esta palavra – Ninguém!”.
Outro ponto visitado foi o Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, na Rua Rego Freitas, onde há um retrato e uma placa em homenagem a Luiz Gama. No Largo do Arouche, ponto final da atividade, o grupo visitou o busto do abolicionista.
De acordo com Thiago Massad, a caminhada trouxe um conteúdo histórico relevante sobre a questão racial. “Esta reflexão precisa ser uma tônica constante em nossas vidas. Sabendo da trajetória de Luiz Gama, percebemos o quão importante foi sua luta. São bandeiras que precisam continuar sendo levantadas e empunhadas para trazer padrões de humanidade, civilizatórios, fundamentais para o desenvolvimento humano e da sociedade”, destacou o 2º vice-presidente da Apamagis.
A avaliação foi compartilhada por Laura de Mattos Almeida: “A caminhada foi muito pertinente para conhecermos ainda mais a vida de Luiz Gama. A condução do Guia Negro foi excepcional. Conseguimos reunir um bom número de colegas. Espero que, nos próximos anos, possamos repetir esta experiência e trazer mais informações e conscientização sobre a história negra”, ressaltou.
“É muito importante refletirmos sobre o racismo estrutural. A história de Luiz Gama, considerado o maior abolicionista do Brasil, necessita ser conhecida por todos e nunca esquecida”, frisou a guia turística Débora Pinheiro.
Além de São Paulo, houve caminhada em outras 11 cidades pelo país: Salvador, Belém, Macapá, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Aracaju, Belo Horizonte, São Luís, Olinda e Curitiba.
Segundo o diretor de Igualdade Racial da AMB, Marco Adriano Fonseca, esta é considerada a maior caminhada de todos os anos. “Foi uma experiência fantástica mobilizarmos magistradas, magistrados e seus familiares para estarmos juntos nesta caminhada, uma verdadeira imersão histórico-turístico-cultural, um momento de congraçamento entre associados da AMB que oportunizou a criação de memórias afetivas e principalmente a sensibilização e a conscientização acerca do protagonismo e das contribuições da população negra na sociedade brasileira, a partir de demarcadores históricos, culturais, econômicos e sociais”, afirmou.
*Com informações da AMB
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