Em live da série “Desafios Profissionais”, jornalista esportivo diz que todo dia tem notícia e quando não tem “temos que dar um jeito de ter”

A série “Desafios Profissionais” saiu um pouco das carreiras jurídicas para abordar uma outra área nesta semana. Na live desta quinta-feira (25/11), transmitida pela página da Apamagis no Instagram, o tema foi o jornalismo, mais especificamente o esportivo, com o convidado Sergio Koln, coordenador de Conteúdo na ESPN Brasil.

A live foi conduzida pela diretora de Imprensa e idealizadora do projeto, Carolina Nabarro, que além de juíza é também jornalista.

Sergio Koln trabalha na ESPN desde 1995, onde já foi editor, produtor, editor-chefe e esteve à frente da cobertura de várias Copas do Mundo e de Jogos Olímpicos. Ao longo da transmissão, contou um pouco da sua trajetória e os desafios da profissão.

Para ele, a profissão de jornalista esportivo é bastante agitada, dinâmica, e não existem dias tranquilos para quem trabalha nesta área. “Todo dia é um dia diferente. Todo dia tem notícia e, quando não tem, nós temos que dar um jeito de ter.”

Sobre a rotina de trabalho, Sergio Koln ironizou ao dizer que “a rotina é não ter rotina” e deu como exemplo a atual cobertura em que está trabalhando sobre a final da Taça Libertadores da América, entre Palmeiras e Flamengo: “São dois times brasileiros, e a ESPN faz parte do grupo Disney que está na cobertura junto com a  FOX Sports. Na ESPN, a cobertura começa às 11h da manhã, na hora do jogo Às 16h,passa para a FOX Sports, que transmitirá a partida com uma equipe nossa lá, e depois do fim do jogo e na hora delevantar a taça volta para a ESPN, onde ficamos até a 1h da madrugada”.

Desde o ano passado, o jornalista é coordenador de conteúdo dos jornais Sportscenter da ESPN, o principal telejornal da emissora, que tem quatro edições ao longo do dia. “Sou responsável pelo conteúdo que vai de reportagens, reportagens especiais e a cobertura diária. Tem uma edição do Sportscenter pela manhã, uma à tarde, outra à noite e por fim uma no fim do dia, que pode se estender até tarde devido ao horário do fim dos jogos da noite”, revelou.

O primeiro Sportscenter, segundo ele, é geralmente um resumo do dia anterior. O da tarde é mais dinâmico, com entrada dos repórteres ao vivo, direto da concentração dos clubes de futebol. O da noite traz as reportagens completas feitas ao longo do dia. Muitas vezes esse programa é também um pré-jogo, trazendo informações ao vivo. E o último informa os acontecimentos ao longo do dia. Em dias de jogo, o Sportscenter ainda transmite a coletiva de imprensa e os bastidores do fim da partida.

Na ESPN desde 1995, o jornalista fez parte da cobertura de grandes eventos, entre eles as últimas seis Copas do Mundo de futebol, mesmo a emissora não tendo direito de transmissão das partidas. Sergio Koln contou como faz um canal de esportes numa Copa do Mundo sem a transmissão. “Em 2002, não tínhamos os direitos e mandamos para o Japão e para a Coreia uma equipe pequena. Foi a última Copa em que a CBF deixou as portas abertas da delegação para todas as emissoras. Volta e meia os atletas estavam pelo saguão do hotel e nós os entrevistávamos.”

“Em 2018, já numa realidade completamente diferente, na Copa da Rússia, mandamos uma equipe menor ainda. Dessa vez, não tínhamos acesso aos jogadores, e nossos repórteres ficavam em frente ao hotel, em frente aos estádios dando as informações que eles conseguiam. Essa mesma lógica se repetiu nas Olimpíadas de Tóquio deste ano”, afirmou.

Sergio Koln lembrou que, quando criança gostava muito de TV e de futebol, passatempos que, com certeza, influenciaram a vontade de ser jornalista, mais especificamente da área esportiva: “Minha mãe brigava comigo e perguntava onde eu ia parar gostando tanto de TV e futebol. E depois desse tempo todo acabou virando mesmo minha profissão”.