Em live, Vanessa Mateus destaca ações da Apamagis na construção de pontes com a Imprensa

2 de setembro de 2021

A série “Casos Midiáticos. Justiça X Imprensa” teve uma live mais do que especial nesta quarta-feira (1º/9). A convidada para falar da relação entre Poder Judiciário e mídia, além de outros temas, foi a presidente da Apamagis, Vanessa Mateus. A transmissão pelo Instagram da Associação foi conduzida pela diretora de Imprensa da Apamagis, Carolina Nabarro Munhoz Rossi.

Vanessa Mateus iniciou sua fala contando que, infelizmente, grande parte da sua gestão à frente da Apamagis foi sob a pandemia de covd-19, o que, de acordo com ela, também representou importante salto em termos de tecnologia que a Associação teve que dar. “É uma gestão diferente, no meio de uma pandemia, mas estamos caminhando, encontrando os colegas, fazendo nosso trabalho e seguindo com essas transmissões virtuais,  que foram o grande avanço da nossa gestão.”

Carolina Nabarro chamou a atenção para um problema atual que diz respeito à imagem dos juízes perante a sociedade. Segundo ela, a visão da população parece ter sofrido um abalo nos últimos anos, com muitos ataques pessoais. “Muitas vezes, a imagem que as pessoas têm do Judiciário é pautada pelo que sabem sobre os ministros do STF, que aparecem mais.”

A presidente da Apamagis ressaltou que o Judiciário é, no entanto, o Poder que está mais próximo do cidadão, mas, por outro lado, nunca recebeu grande destaque na mídia, o que fez com que as pessoas não obtivessem muita informação. “O Judiciário tem capilaridade, está em todos os lugares, mas há um distanciamento que precisa ser superado. O Poder Judiciário nunca teve holofotes, sempre foi mais discreto. Os juízes não postulam votos da população e, por isso, nunca falaram com a população. As decisões dos juízes são muito solitárias.”

No entanto, segundo Vanessa Mateus, desde o julgamento do chamado Mensalão, o Judiciário passou a ter maior destaque e, dessa forma, a ser mais visado, cobrado e criticado. “As pessoas falam que foi depois da Lava-Jato, mas eu avalio ter sido desde o Mensalão e outros casos rumorosos, prisões de pessoas importantes, julgamentos históricos. Com isso, passamos a receber esses holofotes. Mas o Judiciário até então não sabia se comunicar por conta de uma série de vedações à expressão dos juízes. Quando a Imprensa vem buscar informações, o juiz não pode falar sobre uma série de coisas.”

Devido aos impedimentos para os magistrados se expressarem, outros interlocutores falaram pelo Judiciário e deram a visão deles sobre os mais variados assuntos, sem ouvir a opinião dos juízes. “O juiz não pode falar, mas a Associação pode. O juiz não pode falar, mas o Tribunal por meio da assessoria de Imprensa pode. Então até a gente despertar de que precisamos falar e como falar dentro das limitações, isso gera um trabalho de construção que não se faz da noite para o dia. O que a gente está tentando fazer, inclusive com essas lives, é a construção de pontes com a mídia, destacou a presidente da Apamagis.”

Entre os equívocos mais propagados pela imprensa, na opinião de Vanessa Mateus, está a questão da aposentadoria compulsória dos juízes. A magistrada lembrou que, infelizmente, essa é uma das notícias falsas mais repercutidas com exaustão para criticar um suposto privilégio dos juízes que não existe. “A pena máxima para o juiz não é a aposentadoria compulsória, como dizem, mas uma forma rápida do tribunal afastar dos seus quadros alguém que causou um dano. Se for caso para perda do cargo, ele enfrentará um processo. Inventaram que a aposentadoria compulsória é a pena máxima, e isso não é verdade. A pena máxima é a perda do cargo e a consequente perda da aposentadoria. Nenhum homicida que recolheu para o INSS perde a aposentadoria. O juiz, sim.”

O ano de 2021 tem sido um ano importante para a Apamagis na construção de uma ponte sólida entre a Magistratura e a Imprensa. Além desta série de lives, a Associação lançou a pesquisa JusBarômetro, que aborda a visão da sociedade sobre o Poder Judiciário. Vanessa Mateus destacou esse trabalho e contou que aos poucos os órgãos de imprensa vêm procurando a Apamagis como fonte para comentar os mais diversos assuntos. “Os meios de comunicação têm procurado a Apamagis exatamente por conta dessa construção de pontes que eu dizia. Esse diálogo com os jornalistas tem surtido efeito. Hoje, falamos sobre Reforma Administrativa, sobre quarentena dos juízes, sobre Código Eleitoral e outros tantos assuntos”, ressaltou.

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