Jornal SP1 da TV Globo repercute pesquisa encomendada pela Apamagis

29 de setembro de 2021

O jornal SP1 da TV Globo noticiou na última terça-feira (28/9) dados da pesquisa JUSBarômetro, encomendada pela Apamagis e realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), sobre violência contra a mulher. O apresentador César Tralli trouxe, primeiramente, algumas informações do levantamento em gráficos, são elas: 54% indicam a violência doméstica como principal preocupação das mulheres paulistas; 66% acreditam que a própria casa é o principal local das agressões; 63% disseram que os agressores são companheiros da vítima e 88% acreditam que a violência doméstica aumentou nos últimos anos.

Cesar Tralli mostrou ainda que o dado que aponta a violência doméstica como principal preocupação para 54% das entrevistadas está bem acima, em pontos percentuais, de outros temas que preocupam as mulheres, como por exemplo, emprego e renda com 8%, saúde com 7%, violência fora de casa com 6%, entre outros.

Na sequência, o apresentador citou o projeto Rompa, uma parceria da Apamagis com o Tribunal de Justiça de São Paulo, idealizado com o objetivo de conscientizar a população e incentivar mulheres a denunciarem seus agressores. A presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, falou com a reportagem sobre o projeto e citou informações da pesquisa JUSBarômetro para exemplificar como a busca por ajuda e denúncia dos agressores ainda é baixa. “Uma das perguntas que nós fizemos foi: entre as vítimas de violência, quantas procuraram os órgãos oficiais? Foram só 29%. Sem a procura pelos órgãos oficiais, nós não conseguimos punir o agressor, e sem punir o agressor não conseguimos evitar novos casos.”

A juíza Tereza Cabral, da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência do TJSP, disse que é imprescindível que as vítimas peçam medidas protetivas de urgência junto aos órgãos oficiais, o que pode ser feito através de uma Delegacia de Polícia, Defensoria Pública, Ministério Público ou por um advogado.”Outra medida é a necessidade de políticas públicas que possam proporcionar a essa mulher sair desse ciclo de violência”, apontou.

Para Vanessa Mateus, é preciso ouvir as mulheres para desenvolver essas políticas públicas. “Toda política pública deve ser tomada não só com base em estatística, mas na opinião da vítima. Nós não temos ouvido muito as vítimas. Queremos melhorar esse atendimento, ampliar os canais de denúncia e aumentar o número de notificações. A subnotificação é o que há de mais prejudicial.”

No final da reportagem, Cesar Tralli também referiu-se à campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, iniciativa da AMB e do CNJ.

Confira aqui a íntegra da reportagem no canal da Apamagis no YouTube.  

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