Questões relativas à saúde e etarismo são discutidas em palestra promovida pela Apamagis Mulher

21 de março de 2025

A Secretaria Apamagis Mulher promoveu nesta sexta-feira (21/3), em sua sede administrativa, a palestra “Saúde da Mulher”, com a Ginecologista Renata Berrettini, formada pela Santa Casa de São Paulo, a Juíza Federal Claudia Arruga, e a Jornalista Sílvia Ruiz. O evento foi mediado por Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes, Coordenadora-adjunta da Secretaria. Estiveram presentes Laura de Mattos Almeida, 2ª Vice-Presidente da Apamagis, e Paula Navarro, diretora do Departamento Social e de Eventos Extraordinários.

Realizado no formato de encontro informal exclusivo para associados e associadas, o evento girou em torno de temas como a menopausa, reposição hormonal dentro dos contextos médicos e sociais que os envolvem e etarismo, entre outros. Em sua primeira colocação, Renata Berrettini — pós-graduanda em Ginecologia Endócrina e especialista em Transtornos Alimentares — discorreu sobre sua experiência profissional e apontou a existência de uma associação da menopausa com uma questão cerebral. Para tanto, algumas delas nunca menstruaram, tiveram ausência de estrogênio a vida inteira, mas nem por isso deixam de ser muito inteligentes.

“Há uma associação desse momento, da ausência de estrogênio, com a idade do cérebro, tudo junto ao mesmo tempo, e que para cada pessoa vai ser diferente. Existe uma certa revolta porque nosso único marco é a menstruação. A gente não tem um marco hormonal fidedigno. Então, ou o médico acredita no que estamos falando e nos sintomas — são mais de 150 — ou não vamos saber o que está acontecendo”, afirmou.

No que tange ao problema do etarismo, Sílvia Ruiz falou sobre os malabarismos que certas atrizes, mulheres mais velhas fazem no mundo digital para mostrar uma imagem esteticamente bela. “Ela [atriz] aparece com uma minissaia maravilhosa. Só posta fotos de biquíni…E eu penso que, quando as outras mulheres olham para ela, pensam: ‘para não ser velha aos 62 anos tenho de ser assim?’. Na verdade, ela [atriz] é uma vítima do etarismo. Qual seria o problema de ser velha?”

Ao abordar os papeis de mães, filhas e mulheres impostos pelo machismo e da necessidade de a mulher descobrir sua verdadeira identidade e papel histórico, Claudia Arruga apontou a chamada “Síndrome do Ninho Vazio (SNV)” — momento em que os filhos deixam o lar dos pais — como momento de superação dos sentimentos de culpa e oportunidade de redescoberta da mulher após uma certa idade. “O ninho vazio é muito interessante porque você vai pegar toda aquela energia que era focada nos filhos. E não importa se você tem menos energia, porque ela agora é só sua”, afirmou a juíza, idealizadora do perfil @Cool50s no Instagram, onde questiona os desafios da maturidade atual.

Terminado o período de exposição de cada convidada, o encontro se voltou às perguntas formuladas pelas associadas. Os questionamentos trataram de temas variados, entre eles o descompasso entre a maturidade sexual de meninos e meninas, o choque de gerações entre mães e filhos, o uso indiscriminado das redes sociais por crianças, adolescentes e jovens.

 

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