Campanha Sinal Vermelho se fortalece no Litoral de SP com apoio da cidade de Itanhaém

13 de julho de 2021

A campanha Sinal Vermelho, que visa oferecer um canal alternativo e silencioso de denúncia às mulheres vítimas de violência doméstica, continua se expandindo pelo Estado de São Paulo e agora ganha um importante apoio no Litoral a partir do engajamento da cidade de Itanhaém. Na última quinta-feira de junho (24/6), o juiz Rafael Patara representou o Poder Judiciário em reunião promovida pelo secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Hugo Di Lallo, destinada a discutir ações futuras no âmbito da campanha e também para instituir o grupo de trabalho das autoridades envolvidas.

Segundo Patara, a campanha é uma resposta do Judiciário em um momento crítico, como a pandemia de covid-19, mas que deve engajar toda a sociedade para tirar o Brasil do quinto lugar no ranking mundial de violência contra a mulher.

Juiz Rafael Patara em reunião do grupo de trabalho responsável pelo desenvolvimento de ações de combate à violência doméstica em Itanhaém | Crédito: Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Itanhém

“A campanha Sinal Vermelho surge a partir da constatação da subnotificação de casos envolvendo violência doméstica e do alarmante número de feminicídios. Essas mortes levaram mães, filhas, irmãs, amigas, profissionais, interromperam sonhos e destruíram lares. O Poder Judiciário não cruzou os braços. Sempre vigilante, agiu prontamente. Mas não somos capazes de mudar uma cultura sozinhos. Precisamos do engajamento de todo o Poder Público e, sobretudo, da sociedade civil. Não podemos nos conformar com a posição de quinto lugar que mais mata mulheres no mundo. É um grande passo que Itanhaém está dando, me sinto honrado em fazer parte de um movimento fundamental para avançarmos nessa pauta civilizatória”, afirmou.

A campanha Sinal Vermelho visa oferecer um canal alternativo e silencioso de denúncia às mulheres vítimas de violência doméstica| Crédito: Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Itanhém

Di Lallo informou que o movimento também conta com o apoio do Ministério Público e da Associação Comercial, e que já está sendo elaborado um plano de trabalho com metas. “Em todo o País, os índices de feminicídio cresceram 22,2% em 2020 em comparação com os meses de março e abril de 2019. É preciso agir com firmeza contra a violência doméstica, e estamos mobilizados nesta causa”, frisou, ao explicar a necessidade de expandir a campanha para a cidade.

Grupo de trabalho da campanha Sinal Vermelho em Itanhaém | Crédito: Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Itanhém

Os trabalhos também contaram com a participação da delegada Damiana Shibata, titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Itanhaém, e membros da subseção da OAB e das forças de segurança.

Sobre a campanha Sinal Vermelho

Lançada no dia 10 de junho, a campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, de iniciativa da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) em parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), tem por objetivo oferecer às mulheres vítimas de violência doméstica um canal silencioso de denúncia: ao desenhar um X vermelho na mão e exibir o sinal ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia, a polícia militar será acionada após discagem ao 190 e prestará o auxílio à vítima.

A ação conta com a participação de mais de 11 mil farmácias em todo o País e é uma resposta conjunta de membros do Judiciário ao aumento nos registros de violência em meio à pandemia. Uma das consequências do isolamento social foi expor mulheres e crianças a uma maior vulnerabilidade dentro do próprio lar.

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