Sarau da Apamagis tem leitura, troca de ideias e música ao vivo
A descontração marcou o Sarau da Apamagis realizado na noite desta terça-feira (17/11), pelos mesmos organizadores do Clube de Leitura. Autores fizeram a leitura de suas obras, houve comentários, aplausos, bate-papo e até uma apresentação musical realizada espontaneamente por um dos participantes, ao final do encontro.
O Sarau da Apamagis contou com oito obras, entre textos de prosa e poesia. Todas foram compartilhadas na tela da plataforma Zoom, sem constar a autoria. O evento contou com 20 participantes.
Como não era obrigatório que o autor lesse sua própria criação, a mediadora Danielle Martins Cardoso iniciou lendo o primeiro trabalho: “Poema para uso interno”. A poesia falava sobre um personagem chamado José, triste em casa, e citava aves “de bico recurvo e olhos pestilentos” nas ruas.
A associação com a Covid-19 foi imediata, assim como a curiosidade de todos para saber quem era o José, até que o escritor e titular da cadeira 26 da APL (Academia Paulista de Letras) Mafra Carbonieri, afinal José Fernando Mafra Carbonieri, se dispôs a ler novamente aquela que era a sua poesia.
Ao final comentou que, embora os colegas tivessem feito a associação com os tempos de distanciamento social, a poesia fora escrita em 1985, após ele sofrer uma decepção.
A atitude de Mafra Carbonieri acabou encorajando os participantes a lerem seus próprios textos. Em prosa, foram apresentados “A Mulher e a Rosa Vermelha”, inspirado na obra de Chico Buarque; “Camaleão Urbano”, sobre um motoboy que leva vida dupla; “Dona Iraci”, cuja protagonista é uma lavadeira baiana devota de São Cosme e Damião; “Máscara”, sobre um drama familiar; “No Café da Manhã”, inspirado em “A Vida Pela Frente”, de Émile Ajar/Romain Gary; e “Quarenta Semanas”, com uma história envolvendo barriga de aluguel.

Magistrado faz apresentação espontânea
Magistrados lembraram de experiências profissionais e refletiram sobre o quanto a rica vivência humana no trabalho também pode ser inspiradora para a criação de textos.
Antes de encerrado o Sarau, Danielle Martins Cardoso leu uma poesia de um autor que não estava na sala. Na sequência, um dos magistrados empunhou o violão para tocar, e também cantar, duas músicas: “Foguete”, composta por Roque Ferreira e Jota Velloso e famosa na voz de Maria Bethânia, e “Valsinha”, de Chico Buarque.
Os participantes deixaram a sala com a expectativa de que sejam realizadas mais edições do Sarau da Apamagis.
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