Curso de Dinâmica de Grupo e Atualização Cultural volta a ter encontro presencial

1 de setembro de 2021

Pela primeira vez após o início da pandemia, a Apamagis voltou a receber, no dia 17/8, em sua sede social, uma das mais tradicionais atividades associativas: o curso de Dinâmica de Grupo e Atualização Cultural, promovido há 32 anos na Associação pela psicóloga e bacharel em Direito Neyde Paioletti Martins Costa e pela advogada Marilia Ney Neves Martins Motta. A atividade foi realizada obedecendo todos os protocolos de segurança.

O retorno, celebrado pelas cerca de 30 participantes, contou com a presença da presidente da Apamagis, Vanessa Mateus. “Quando o pessoal fala dos eventos, costumo dizer que são as aposentadas, as pensionistas, o grupo da Neyde que trazem vida para a sede social. Isso tem uma importância muito maior do que vocês imaginam”, disse. Para a presidente, as atividades do Departamento Feminino e de Ação Social – e o curso integra a programação cultural – ajudam a criar laços e a mostrar à sociedade que a Magistratura é unida.

“Cada presidente é presidente do seu tempo, de sua época, das suas circunstâncias”, disse Vanessa Mateus, ao comentar sua gestão em época de pandemia. “Óbvio que reconheço a importância de se ter uma presidente mulher, é um paradigma que quebramos na Associação. É uma demonstração de que as mulheres são capazes de realizar e de empreender, e acho também que temos algumas qualidades que devem ser aproveitadas, como essa facilidade de trânsito, de diálogo. As mulheres têm muito isso de construção de pontes”, disse, lembrando que, desde a época da eleição, com chapa única, a Magistratura paulista vem trilhando um caminho sem rupturas.

Neyde Paioletti Martins Costa afirmou, após o evento, que todos os presidentes da Apamagis apoiaram as suas atividades, mas que Vanessa Mateus foi a primeira a participar de um encontro.

Na ocasião, a psicóloga a presenteou com o livro “O Cérebro Ninja”, escrito pelo neurocientista Fernando Gomes Pinto. “O livro fala sobre as possibilidades imensas que o nosso cérebro tem e que não conseguimos utilizar”, resume a psicóloga.

Neyde Paioletti e Vanessa Mateus

 

Urgência de viver
No encontro de 17/8, o tema foi a urgência de viver, e em um dia como esse, em que colegas puderam se reencontrar depois de mais de um ano sem contato, o assunto parecia ganhar ainda mais entusiasmo.

Neyde Paioletti Martins Costa citou um texto do rabino Henry Sobel (1944-2019) sobre o tema e desenvolveu o assunto. Nos encontros, cabe a Marilia Martins Motta a condução da dinâmica, que é uma troca de experiências entre as participantes. “É uma terapia em grupo, mas tudo o que se fala entre nós fica ali”, diz a psicóloga

Segundo Neyde Paioletti, é assim que a dupla vem trabalhando nesses 32 anos: a psicóloga elege um tema, apresenta um conteúdo especial sobre ele, e depois partem para o momento de troca. Neyde Paioletti também sugere livros, filmes, exposições, viagens, e a turma organiza atividades em grupo.

O curso vinha sendo realizado de março a junho e de agosto a novembro, sem data para que uma turma comece ou termine. Como os temas se encerram a cada encontro, as interessadas podem ingressar a qualquer momento.
Neyde Paioletti Martins Costa conta que o curso foi criado para ajudar as famílias com problemas relacionados aos filhos, mas que com o passar do tempo esse leque foi se ampliando e acompanhando as mudanças ocorridas na sociedade ao longo das décadas.

Várias alunas estão no curso desde o início. “Algumas começaram com mais de 40 e hoje estão perto dos 80. Até o mês passado, tínhamos uma aluna de 100 anos, a Nida Feriol, que teve lucidez até o último momento, era participativa e até escrevia em um blog da neta”, disse Neyde Paioletti.

Relacionamentos de todos os tipos ainda continuam sendo o carro-chefe nas discussões, mas outros temas, como carreira, também são debatidos. “Viemos de tempo de tabus e preconceitos”, disse a psicóloga. “No começo a mulher não podia trabalhar, se estabelecer, e a única profissão facultada era a de professora, embora muitas vezes tinham capacidade para outro tipo de atividade. Era preciso desenvolver principalmente a autoestima, porque havia um machismo inerente à sociedade que ainda hoje existe, mas já avançamos bastante.”

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