Apamagis participa de debate com Rodrigo Garcia promovido pela Fiesp
A Magistratura paulista foi representada pela presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, durante a rodada de debates da indústria com candidatos a governador promovida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em 19/8. O convidado foi o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que concorre à reeleição.
Garcia foi recebido pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, de quem recebeu elogios por sua atenção aos pleitos dos setores produtivos. “Ele está comprometido com a indústria e avaliando com grande interesse a nossa proposta de constituição de um conselho de desenvolvimento industrial e tecnológico no Estado de São Paulo”, disse Josué.
O presidente também fez menção ao acolhimento recebido em relação a projetos conjuntos na área de educação, uma vez que o tema é uma das prioridades desta gestão. “Entendemos que educação já era uma prioridade nacional. Mas depois da pandemia se tornou emergência nacional”, alertou.

Presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, participa da rodada de debates | FOTO: Divulgação
Durante sua exposição a empresários da Fiesp e do Ciesp, o candidato tucano declarou a intenção de completar o processo de municipalização do Ensino Fundamental I no estado. “Nós vamos passar o Fundamental I para as prefeituras, o que custa muito dinheiro, mas é um investimento que vale a pena. Eles fazem isso melhor do que o estado”, disse Garcia.
A proposta do atual governador é ampliar a carga horária do Ensino Fundamental II, passando toda a rede para o tempo integral, e realizar parceiras com o setor privado para inserir o Ensino Médio no quinto itinerário formativo. “O grande desafio é aumentar a qualidade em larga escala nas mais de 5.000 unidades educacionais que temos”, disse.
Garcia enalteceu a elevação do piso dos professores para R$ 5 mil, os resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), mas disse que é preciso mais. “Além de salários mais altos, precisamos melhorar a formação e atrair mais profissionais para a docência, e estamos voltados a enfrentar esse desafio. No Ensino Médio, queremos fazer parcerias com o ensino privado, para que todas as escolas tenham o padrão das Escolas Técnicas Estaduais, as ETECs. Queremos aumentar a oportunidade desses alunos e o ensino privado vai nos ajudar a ofertar vagas de escolas técnicas”.
Pacto Federativo
Outra questão abordada pelo governador foi a do pacto federativo, para o qual defende uma revisão, de modo a se tornar menos oneroso para São Paulo e aumentar a competitividade. “Mão de obra qualificada, inovação, tecnologia, mercado consumidor, tudo isso São Paulo tem. Mas precisamos rever a legislação”, disse Garcia, que é favorável à adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e acredita no avanço da Reforma Tributária, principalmente em relação ao ICMS, no próximo ano.
“[Esta revisão] deverá acontecer independente do resultado da eleição nacional, pois é o único instrumento para o Brasil se organizar um pouco do ponto de vista tributário. O pacto feito lá atrás teve por objetivo distribuir riqueza e gerar competitividade nos estados. Trinta e quatro anos depois, em vez de gerar independência, desenvolvimento e competitividade, gerou estados dependentes de repasses da União, muitas vezes com dinheiro de São Paulo”, afirmou. “Essas questões precisam ser corrigidas. E a Reforma acabará com a guerra fiscal”.
Embora São Paulo tenha crescido cinco vezes mais que o Brasil nos últimos três anos, de acordo com o governador, há espaço para melhorar. “Temos uma lista enorme de coisas a serem realizadas. Queremos criar um grande conselho de desenvolvimento em São Paulo, com participação das universidades e do setor produtivo”.
Novas tecnologias
O emprego de novas tecnologias para obtenção de energia limpa foi enfatizado por Garcia, que entende ser necessário habilitar as inovações e compatibilizar com as que já existem aqui. “Temos a maior produção de açúcar e álcool do mundo. Temos um pré-sal nas lavouras paulistas. A Unicamp está desenvolvendo uma cédula de combustível que vai revolucionar a indústria automobilística em São Paulo”, disse.
O governador também citou os projetos e obras em andamento ou contratadas em diversas áreas e as iniciativas do setor privado na produção de biogás e gás metano. “Contratamos o maior volume de obras de infraestrutura da história do Estado. Cinco linhas de metrô sendo realizadas, todas em andamento, contratação em estradas com 11.500 km, o dobro do governo federal. Mas não podemos andar para trás”, alertou Garcia, ao referir-se ao pleito estadual.
“Temos um estado onde as coisas funcionam. Ele tem seus desafios, mas o primeiro grande desafio é não caminhar para trás com decisões erradas. Não podemos nos acomodar diante de coisas que deram certo, e a chance de que tudo funcione nos próximos quatro anos é ter um governo que esteja próximo da sociedade, do setor produtivo, e que saiba de dialogar e ouvir, não defendendo projeto de poder de partido ou de presidente da República”, declarou o candidato.
Rodrigo Garcia afirmou que será o governador que vai trazer a discussão da Reforma Tributária para o centro dos debates e atuar com veemência na defesa de tributação de impostos no consumo, e não na produção. “Vou defender isso porque sei que se o Brasil criar um ciclo de crescimento, São Paulo vai se beneficiar, nós que hoje contribuímos com 41% da arrecadação federal, cerca de R$ 716 bilhões”, contabilizou. “São Paulo não é apenas a locomotiva do Brasil, mas tem sido um trem de carga. O pacto federativo deve ser revisto”, reforçou.
Fonte: Fiesp
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