Apontado como imoral na França, “Madame Bovary” é o tema de março no Clube de Leitura da Apamagis
Logo após o livro “Madame Bovary” ser lançado, em 1857, seu autor, Gustave Flaubert, foi mandado aos tribunais da França. O motivo: levar para dentro dos lares uma história considerada imoral, que falava abertamente sobre uma mulher adúltera. O caso tornou o livro famoso à época, mas foi a qualidade da obra que a tornou um marco da literatura realista. É sobre “Madame Bovary” que o Clube de Leitura da Apamagis vai tratar no encontro de 2/3, às 19h, pela internet.
A edição terá como convidada a crítica literária Rita Palmeira e como mediadora a magistrada Danielle Martins Cardoso. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail clubedeleitura@apamagis.org.br.
“Madame Bovary” já havia sido publicado em capítulos na revista literária “La Revue de Paris”, um ano antes de chegar às prateleiras num volume único. Na edição atual, da Penguin – Companhia, são 449 páginas.
Nelas, Gustave Flaubert (1821-1880) faz uma crítica aos valores da sociedade burguesa e ironiza os folhetins e romances açucarados. O autor passou cinco anos se dedicando à construção minuciosa da obra, escolhendo criteriosamente cada palavra e elaborando a evolução da narrativa.
Na trama, Emma Bovary é uma jovem que constrói sua ideia de relação amorosa lendo folhetins, mas a vida real não se mostra tão fascinante quanto nas ficções que ela apreciava.
Seu casamento com o médico Charles é entediante, e Emma vive infeliz até conhecer e se envolver com o galanteador Rudolf. Mais tarde, irá se apaixonar por Leon, com quem passa a ter um caso extraconjugal. Flaubert teria se inspirado em uma história real para criar a trama.
Há quem trace um paralelo entre Madame Bovary e Anna Kariênina, outra mulher adúltera, que protagoniza o livro homônimo escrito por Liev Tosltói, já abordado pelo Clube de Leitura da Apamagis em março do ano passado.
“Madame Bovary” também foi adaptado para o cinema em “A Sedutora Madame Bovary” (1949), dirigido por Vincente Minelli; “Os Pecados de Madame Bovary” (1969), dirigido por Hans Schott-Schöbinger; “Madame Bovary” (1991), dirigido por Claude Chabrol, com Isabelle Huppert como protagonista; e em “Madame Bovary” (2014), dirigido por Sophie Barthes.
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