Dedicação aos menos favorecidos foi marca do trabalho de Malheiros

18 de março de 2021

Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desde 2001, advogado e professor, Antonio Carlos Malheiros sempre se dedicou a causas sociais e humanitárias. No TJSP, comandou a Coordenadoria da Infância e Juventude, entre outras atribuições.

O despertar para esse universo ocorreu aos 13 anos, quando foi o único de sua classe no Colégio São Luís a aceitar acompanhar o professor de Geografia em uma visita a uma favela de São Paulo. “Conheci uma realidade que desconhecia. A partir desse dia, passei a fazer trabalhos sociais”, disse em entrevista ao “Daqui Perdizes”. Ainda no colégio, decidiu que seria padre e chegou a morar em um pequeno seminário na região de Pinheiros.

Após desistir da vida religiosa, abraçou o Direito, que já era tradição em sua família, a começar pelo avô Aristides Malheiros, que não era formado em Direito, mas foi diretor da Revista dos Tribunais.

Seu pai, Lauro Malheiros, foi advogado e ingressou na Magistratura em 1967, no antigo Tribunal de Alçada Criminal, onde foi o primeiro juiz a combater o Ato Institucional nº 5, concedendo habeas corpus. Em 1978, tornou-se desembargador, cargo no qual permaneceu até sua aposentadoria, em 1981. Seu irmão, Lauro Malheiros Filho, foi advogado, e a quem se juntou para advogar, logo no início de carreira. Seu tio é o advogado Arnaldo Malheiros, pai do advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho.

Antonio Carlos Malheiros (Crédito: TJSP)

Antônio Carlos Malheiros graduou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1969, onde passou os anos mais pesados da ditadura. Advogou durante 20 anos e participou de várias comissões da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo, entre as quais a de Direitos Humanos, da qual foi vice-presidente. Foi conselheiro e diretor da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo) e ocupava o cargo de conselheiro colaborador do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo).

Exerceu a advocacia e, em 1994, ingressou na Magistratura, por meio do quinto constitucional, no então 1º Tribunal de Alçada.

Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, foi professor titular da PUC-SP, da Faculdade de Direito Padre Anchieta, das Faculdades Integradas Rio Branco. Na PUC, ainda era pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias.

Desembargador Totó
Fora do ambiente jurídico, se transformava no personagem Totó, palhaço contador de histórias para crianças no Hospital Emílio Ribas pela Associação Viva e Deixe Viver, que ajudou a fundar em 1997 e na qual atuou como diretor.

Na época da faculdade, deu aulas de reforço escolar para crianças e adolescentes carentes, em um projeto que durou dez anos. Trabalhou durante 15 anos com a população de rua de São Paulo.

Foi presidente do Conselho Consultivo da Comissão Paz e Justiça da Arquidiocese de São Paulo.

Malheiros no papel de Totó (Crédito: TJSP)

Em 2016, recebeu a mais alta honraria oferecida pela Câmara Municipal àqueles que prestam serviços à comunidade paulistana: a Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de SP.

À época, o então presidente do TJSP, Paulo Dimas, afirmou: “Malheiros é professor da solidariedade, um campeão das olimpíadas da fraternidade. Não é um simples desembargador, é um homem com dom de julgar, ajudar, e é referência a todos nós. Você é um exemplo a seguir. Que Deus lhe dê em dobro, em triplo, o que faz à Magistratura e a todas as pessoas”.

Malheiros na Apamagis

– De 2002 a 2003 (gestão Renzo Leonardi) – membro do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal.

– De 2006 a 2007 (gestão Sebastião Luiz Amorim) – diretor do Departamento de Relações Institucionais. Coordenador do projeto Cidadania e Justiça também se aprendem na Escola.

– De 2010 a 2011 (gestão Paulo Dimas Bellis Mascaretti) – integrante do Núcleo da infância e da Juventude.

– De 2012 a 2013 (gestão Roque Antônio Mesquita de Oliveira) – coordenador-adjunto do Núcleo da Infância e da Juventude, vinculado ao Departamento de Centro de Estudos.

– De 2014 a 2016 (gestão Jayme Martins de Oliveira Neto) – coordenador-adjunto do Núcleo da Infância e da Juventude, vinculado ao Departamento de Centro de Estudos.

– Em 2017 (gestão Oscild de Lima Júnior) – coordenador-adjunto do Núcleo da Infância e da Juventude, vinculado ao Departamento de Centro de Estudos.

– De 2018 a 2019 (gestão Fernando Figueiredo Bartoletti) – coordenador-adjunto do Núcleo da Infância e da Juventude, vinculado ao Departamento de Centro de Estudos.

– De 2020 a 2021 (gestão Vanessa Ribeiro Mateus) – coordenador-adjunto do Núcleo da Infância e da Juventude, vinculado ao Departamento de Centro de Estudos.

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