Evento discute teses de livro sobre a evolução do Homo Sapiens e seus reflexos nos dias de hoje
Histórias ficcionais, como simples fofocas, podem ter ajudado a mudar o curso da evolução humana. Essa é uma das teorias abordadas no livro “Sapiens – O Passado, o Presente e o Futuro da Humanidade”, de Yuval Noah Harari, que foi tema de palestra com o escritor e filósofo Rodrigo Petronio, promovida virtualmente pela Apamagis na terça-feira (9/2). No total, 42 pessoas acompanharam o evento.
“A origem do Sapiens estaria ligada à criação de ficções, o que ele chama de cola mítica, e esta define o que ele chama de realidades imaginadas”, disse Rodrigo Petronio, no encontro.
Tal tese, como explicou o palestrante, foge do determinismo biológico e tecnológico – no caso recursos antigos, como fogo e pedra – para definir a evolução. “O Sapiens seria fruto da intersubjetividade, que são as ficções que o Sapiens criou e começou a viver nessa ficção”, disse.
Como explicou o palestrante, o autor do livro defende a ideia de que a metaficção levou a um tipo de “cooperação flexível” que diferenciou o Sapiens de outras espécies. “Essa noção está muito ligada à ideia de ficção expandida, como se todos os domínios da realidade fossem fundados sob estatuto ficcional”, afirmou Rodrigo Petronio.
“O curioso é que ele coloca como origem desse estatuto ficcional a fofoca. Nós imaginamos algo muito sublime, mas não. Ele vai buscar lá, 70 mil anos atrás, o que é a fofoca, na verdade a primeira modernização do cérebro, a primeira estrutura em que o ser humano começa a criar personagens, abstrações conceituais e a estabilizar essa ficção coletiva dentro da qual nós habitamos”, explicou o palestrante.
Rodrigo Petronio fez toda uma introdução voltada às teses do livro. Falou do diálogo entre história e biologia que permeia as ideias de Harari e comentou as três revoluções citadas no livro: a cognitiva, levando o Sapiens à criação de histórias que permitiram criação de objetivos comuns; a agrícola, que leva ao acúmulo primitivo do excedente; e a científica, que leva à expansão do conhecimento a uma “escala estratosférica”.
Ao final, os participantes fizeram perguntas sobre tecnologia, pandemia e outros temas, com alto grau de complexidade.
A palestra foi gravada e pode ser assistida por todos os que já tinham feito a inscrição.
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