Resgate das juízas afegãs completa um ano e é celebrado em evento especial

17 de novembro de 2022

A operação de acolhida de juízas afegãs e seus familiares no Brasil, totalizando um grupo de 26 pessoas, completou um ano. A iniciativa da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que ganhou prêmios nacionais e reconhecimento mundial, foi comemorada em 7/11 em uma cerimônia realizada em Brasília.

“É uma importante celebração porque mostra o sucesso de um projeto que era muito desafiador, de promover o acolhimento de colegas de outro país, com uma cultura totalmente diferente. A iniciativa foi muito bem-sucedida, tanto que houve reconhecimento por prêmios nacionais e entidades internacionais”, afirmou o 1º vice-presidente da Apamagis, desembargador Walter Barone, que também é secretário de assuntos internacionais da AMB e vice-presidente da União Internacional de Magistrados (UIM). “As ações foram muito positivas e mostraram o protagonismo da Magistratura Brasileira e da AMB”, ressaltou Walter Barone.

1º vice-presidente da Apamagis, desembargador Walter Barone | FOTO: AMB

Ex-presidente da Apamagis e da AMB, Jayme Martins de Oliveira Neto, atualmente conselheiro do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), ponderou que as magistradas afegãs não deveriam se sentir como devedoras pelo auxílio recebido. “Nós é que agradecemos a oportunidade de resgatar a nós mesmos”, disse.

“Esse resgate tornou o Brasil um exemplo no cenário internacional, que espero que seja mantido”, ressaltou a magistrada Domitila Mansur, uma das idealizadoras do plano de ação e diretora da AMB Mulheres.

Cerimônia de celebração ocorreu em Brasília | FOTO: AMB

“Esse projeto nasceu de um sonho. Como juíza criminal, me vi na situação daquelas mulheres, sendo ameaçada tendo que mudar toda a minha vida por causa de criminosos que eu condenei. Não podia ficar parada. Realizamos uma verdadeira política pública com essa operação, com contribuição coletiva, pois recebemos muita ajuda”, frisou a presidente da AMB, Renata Gil.

‘Ninguém fez tanto por mim’, diz juíza

As juízas e suas famílias refugiadas, que escaparam do regime talibã, foram acolhidas, receberam casa, aulas de português, plano de saúde, vistos e emprego. “Ninguém fez tanto por mim e pela minha família quanto a AMB. Casa, comida, segurança. Não tenho palavras para agradecer”, contou uma das juízas resgatadas.

*Com informações da AMB

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