Vanessa Mateus destaca que projeto JUSBarômetro conquistou o objetivo de pautar a mídia
A presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, participou na última quinta-feira (21/10) do 2º Seminário online de Comunicação & Justiça — Comunicando direitos e cidadania em tempos excepcionais, promovido pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ). Sob o tema “Pesquisa de opinião como construção do diálogo com a mídia e a sociedade”, a magistrada falou sobre a série de pesquisas JUSBarômetro, encomendadas pela Apamagis, cuja primeira edição apontou a necessidade de o Judiciário investir em uma melhor comunicação com a sociedade.
Na abertura de sua fala, Vanessa Mateus chamou a atenção para o fato de que o Poder Judiciário passou a ser mais visado pela sociedade após grandes julgamentos políticos que despertaram sentimentos da população com relação ao trabalho dos juízes.“A atuação do Judiciário passou a ser digna de cobertura em tempo real. Os julgamentos do STF passaram a ser televisionados. Veio a Lava Jato, e a questão judicial passou a ser de interesse da população. De repente, vimos os brasileiros concordando ou discordando das decisões de ministros do STF. Às vezes, eu era questionada por amigos ou familiares sobre qual era a minha posição sobre um decreto de prisão, ou decreto de improcedência. E eu só respondia: eu não sei, eu não conheço os autos. Mas, ainda assim, as pessoas se sentiam habilitadas a comentar e analisar decisões do Poder Judiciário”, adirmou.
Essa exposição fez com que as garantias e a atuação de todo o Poder Judiciário passasse a receber os holofotes da imprensa. Isso trouxe à tona também uma série de críticas infundadas e incompreensões sobre o trabalho e a remuneração dos magistrados. “As assessorias de imprensa e os órgãos de comunicação foram fundamentais nessa nossa trajetória. Quem tinha uma assessoria bem montada, bem organizada se saiu muito melhor nessa tarefa de falar com a sociedade, de conviver com essa exposição com a qual passamos a vivenciar”, disse a presidente da Apamagis.
Outra conclusão dessa exposição nos últimos anos foi a de que se, por um lado os juízes possuem uma série de impedimentos para falar com a mídia, as associações e entidades representativas estavam ali justamente para ocupar esse espaço em expor o lado da Magistratura sobre os mais variados temas. “Entendemos que as Associações têm uma liberdade de expor posicionamentos muito maior que as instituições. As Associações como braço politico dos Tribunais têm um limite de posicionamento diferente. Nosso objetivo comum é o fortalecimento do Poder Judiciário e do sistema de Justiça. Importante destacar que nosso problema não é com críticas, mas, sim, com críticas infundadas. Esse é o papel das Associações. O de colocar a verdade o quanto possível à imprensa quando somos atacados injustamente”, pontuou Vanessa Mateus.
A comunicação com a sociedade e a JUSBarômetro
Para a presidente da Apamagis, a conclusão chegada foi de que a comunicação do Judiciário com a população era falha. Os juízes e as entidades representativas só se expunham para rebater críticas. “A nossa pauta era sempre reativa e nunca propositiva. Sempre falávamos nos grandes veículos de imprensa como resposta, como pedido de esclarecimento e com espaço menor e menos relevante. Então, decidimos que nosso posicionamento seria propositivo, com pautas que entendemos ser relevantes, e não mais apenas reativo.”
No intuito de pautar a mídia e não apenas de rebater críticas, a Apamagis criou o Departamento de Pesquisas, responsável pelo projeto JUSBarômetro, que já divulgou dois levantamentos. A 1ª edição da pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), foi sobre a visão que a população do Estado de São Paulo tem sobre as instituições, Poderes da República, em especial do Judiciário. “Uma das principais informações da pesquisa mostrou que as pessoas que se utilizam do Poder Judiciário têm um grau de confiança no sistema de Justiça muito maior do que as pessoas que nunca se utilizaram. Também entre aqueles que se consideravam bem informados sobre o Poder Judiciário a confiança era maior”, afirmou Vanessa Mateus.
A 2ª edição da pesquisa JUSBarômetro, sobre violência contra a mulher, foi feita apenas com entrevistadas do Estado de São Paulo. A apresentação dos resultados, lançados recentemente na Assembleia Legislativa de São Paulo, aconteceu durante cerimônia de adesão da Alesp à campanha Sinal Vermelho, idealizada pela AMB e o pelo CNJ. Para Vanessa Mateus, os resultados mostraram a percepção das paulistas sobre a violência contra elas e tiveram uma grande repercussão na imprensa, cumprindo com o objetivo da Apamagis. “Essa pesquisa gerou exatamente o que queríamos: abrir um espaço na mídia com a nossa pauta, com a nossa proposta, com nossos atos. Essa pesquisa ocupou imenso espaço na grande mídia paulista. Foi objeto na Globo, na Cultura, Band, SBT, rádios do interior, jornais.”
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