Morte do juiz Machado Dias completa 20 anos
O assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, o Machadinho, completa 20 anos nesta terça-feira (14/3). A execução, ocorrida em Presidente Prudente, é considerada o primeiro atentado terrorista praticado pela facção que controla o crime organizado no Estado de São Paulo.
O magistrado era o corregedor responsável por 14 presídios da região oeste do Estado, forte reduto da facção. Integrantes da cúpula do grupo estavam descontentes com a atuação de Machado Dias. Cinco pessoas foram condenadas pelo crime.
O caso resultou na adoção de medidas efetivas para garantir a segurança dos magistrados, como a implantação de detectores de metal em todos os fóruns e a formação de uma comissão de segurança, pelo TJSP, que realiza acompanhamento direto com os juízes.
Após o assassinato de Machado Dias, outros juízes foram vítimas de crimes semelhantes: Alexandre Martins de Castro Filho foi morto, em 24 de março de 2033, no Espírito Santo, e Patrícia Acioli, em 11 de agosto de 2011, no Rio de Janeiro.
Atualmente, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), com o apoio das associações estaduais, está atuando para que a Magistratura seja classificada como atividade de risco.
Levantamento da AMB, divulgado em fevereiro, mostra que metade dos juízes do país diz já ter sido vítima de ameaça. Atualmente, há mais de 100 magistrados no país acompanhados por seguranças. Os dados são do “Perfil da Magistratura Latino-Americana”, estudo feito pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da AMB, em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e a Federação Latino-Americana de Magistrados (Flam).
A pesquisa também aponta que o Brasil, ao lado do Uruguai, é o país com maior percentual de juízes na América Latina que tomam medicação frequente para controlar o estresse e a ansiedade provocados pelo desempenho de suas atividades profissionais, representando 33% dos entrevistados.
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NOTA PÚBLICA
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