Ópera de Mozart estreia as discussões do Clube da Música, idealizado e promovido pela Apamagis

31 de março de 2023

A Apamagis lançou, em 14/3, o Clube da Música – grandes óperas da temporada 2023. A atividade propiciou aos associados discutir a obra “Cosi Fan Tutte”, de Wolfgang Amadeus Mozart, sobre libreto de Lorenzo Da Ponte. A palestra foi feita pelo maestro Leandro Oliveira, com mediação da magistrada Danielle Martins Cardoso, que também tem essa participação no Clube de Leitura da Apamagis. A atividade coincidiu com a apresentação da ópera no Teatro Municipal de São Paulo, a partir do dia 24/3, sob direção e regência do maestro Roberto Minczuk.

“Cosi fan tutte”, ou em seu título completo “Ossia la scuola degli amanti” (“Assim fazem todas, ou a escola dos amantes”), estreou em 26/1/1790, no Hofburgtheater de Viena, em curta temporada por causa da morte do imperador austríaco Joseph II. Nesta história cômica, os jovens Guglielmo e Ferrando encontram-se em uma cafeteria em Nápoles, onde gabam-se quanto às virtudes de suas namoradas, as irmãs Fiordiligi e Dorabella. Don Alfonso, cético aristocrata, propõe aos dois uma aposta e, com a ajuda de Despina, empregada da casa das irmãs, armam diversos planos para testar a fidelidade das moças. Embora hoje seja um sucesso incontestável, a obra só foi reconhecida como uma grande obra a partir do século 20.

“As óperas têm várias dimensões no tempo. Trata-se de um gênero muito peculiar. Estamos frente a um teatro cantado, criado por volta de 1600. O gênero recriaria, de forma imaginativa, o que, no século XVII, se imaginava ter sido o teatro grego e retoma as grandes tragédias clássicas. É um espetáculo de entretenimento, um projeto muito mais de transcriação do que de resgate científico. A música, de algum modo, é o melhor veículo para as emoções do texto”, afirma Oliveira. O maestro frisa ainda a importância de Mozart para a história do Iluminismo em suas várias vertentes que se espalharam pela Europa.

Após ouvir com os associados alguns trechos de “Cosi Fan Tutte”, o maestro a classifica como uma ópera muito mais superficial se comparada à consagrada “Don Giovanni”, também musicada por Mozart com base em libreto de Da Ponte. “É uma comédia de costumes, feita para divertir, embora isso não seja pouco”. O maestro não deixa de ponderar a complexidade do tema, já que a ideia do casamento era sagrada e, evidentemente, o papel da mulher na união significava, entre outras coisas, preservar a fidelidade.

Finalmente – e levantando a hipótese de os associados assistirem à apresentação no Teatro Municipal de São Paulo –, o maestro abordou algumas características sobre a produção. “Os dois elencos são de altíssimo nível, que fazem uma carreira internacional. E tudo isso em uma ópera que tem especificidades técnicas bastante sensíveis. A escrita do Mozart é muito exigente, mas a obra é deliciosa, uma comédia rasgada. Vocês irão gostar”, garante.

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