Valdir Florindo é empossado presidente do Tribunal Regional do Trabalho de SP para biênio 2024-2026

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) realizou nesta terça-feira (1º/10), a cerimônia de posse da nova diretoria, que estará à frente da Corte no biênio 2024-2026. A solenidade aconteceu no teatro Raul Cortez, no Sesc 14 Bis, onde também foram empossados os novos titulares da ouvidoria, vice-ouvidoria, Órgão Especial e Conselho Consultivo da Escola Judicial. O presidente da Apamagis, Thiago Massad, prestigiou o evento, assim como o presidente do TJSP, Fernando Antonio Torres Garcia, que ocupou assento na mesa de honra. Estiveram no teatro representantes dos três Poderes.

Coube à presidente do TRT2, Beatriz de Lima Pereira, que deixava o cargo, fazer o primeiro discurso. O tom foi de gratidão. Ela citou os nomes de terceirizados, servidores e magistrados que a acompanharam de forma mais próxima ao longo de seu mandato. Também ressaltou, em seu discurso, o sentimento de dever cumprido e a importância da Justiça do Trabalho, além da grande presença de mulheres na Corte.

“Não me furtei, mesmo nos ambientes mais hostis, de defender nossa competência no sentido literal e nossa competência constitucional. O que está escrito no artigo 114 da Constituição Federal não pode ser inobservado por nenhum meio e por nenhuma outra instância. É o que precisamos repetir respeitosamente, mas incansavelmente, por meio de nossas bem fundamentadas decisões”, afirmou.

Foi ela quem entregou a medalha de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Judiciário ao novo presidente do TRT2, o desembargador Valdir Florindo, que a partir daquele momento passou a conduzir a cerimônia.
Em seu primeiro discurso como presidente, Valdir Florindo lembrou da sua trajetória profissional, com destaque para a atuação na advocacia e no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde permaneceu por 20 anos.

Ressaltou, ainda, a importância da conciliação, das negociações coletivas e da Justiça do Trabalho. Em suas palavras, o ramo é “um símbolo de entrega da justiça social” e o Direito, quando proveniente de política adequada de proteção, é capaz de produzir “maior remuneração e garantias sociais, resultando em melhor condição de desenvolvimento econômico”. O magistrado afirmou também que irá ouvir os colegas diante das conjunturas que vão surgir frente à Presidência.

Em seguida, o novo presidente conduziu a posse dos colegas que compõem a atual gestão: desembargador Antero Arantes Martins, na Vice-Presidência Administrativa; desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, na Vice-Presidência Judicial; e desembargadora Sueli Tomé da Ponte, na Corregedoria.

Ouvidoria, Ejud-2 e Órgão Especial
Na ocasião foram empossados ainda nos novos cargos a ouvidora, desembargadora Cândida Alves Leão; e a vice-ouvidora, desembargadora Sônia Maria Forster do Amaral.

Assumiram também a diretora da Ejud-2, desembargadora Bianca Bastos; a vice-diretora da Escola, desembargadora Regina Aparecida Duarte; e os membros do Conselho Consultivo da Escola: desembargador Homero Batista Mateus Silva, desembargadora Catariana von Zuben e os juízes Samuel Angelini Morgero e Marcelo Azevedo Chamone.

Por fim, tomaram posse os integrantes do Órgão Especial: desembargadora Maria Elizabeth Mostardo Nunes, desembargadora Sonia Maria Lacerda, desembargador Paulo Kim Barbosa, desembargador Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, desembargadora Beatriz Helena Miguel Jiacomini, desembargador Ricardo Apostólico Silva, desembargadora Dulce Maria Soler Gomes Rijo, desembargador Flávio Villani Macêdo e desembargadora Catarina von Zuben.

Os empossados receberam saudação da desembargadora Ana Cristina Lobo Petinati, que pontuou, em seu discurso, a trajetória profissional de cada um dos eleitos para a nova gestão.

Destaque
Encerrando os discursos, o ministro Lelio Bentes Corrêa, do Tribunal Superior do Trabalho, desejou sucesso aos empossados, lembrou das conquistas da gestão que se encerra e trouxe números que fazem do TRT-2 o maior do país (de janeiro a agosto deste ano, o órgão recebeu 158.650 novos casos, o que representa 22% de todos os processos do Brasil).

Observou também que 60% das ações entradas se referem a verbas rescisórias básicas, o que evidencia o descumprimento reiterado da lei. E destacou que o desafio da nova gestão será aliar a eficiência da produtividade com a efetividade da realização da justiça social.

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