Apamagis lança seu podcast “Vozes da Magistratura” com debate sobre reflexos da Revolução de 1932 no Estado Democrático de Direito

17 de julho de 2023

A Apamagis tem mais um canal de comunicação: o podcast “Vozes da Magistratura”. O primeiro episódio, de caráter histórico, abordou o reflexo da Revolução Constitucionalista na defesa de um Estado Democrático de Direito e a importância da Magistratura para a democracia.

Participaram do primeiro programa a desembargadora Maria Cristina Zucchi, a juíza Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes e o curador do Museu do TJSP, Bruno Bettine de Almeida.

A desembargadora é a primeira mulher a integrar o Órgão Especial do Tribunal, sendo doutora em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) e mestre em Direito Constitucional pela Universidade Samford, nos Estados Unidos. Ana Carolina é diretora de Imprensa da Apamagis e juíza titular da 2ª Vara da Família e Sucessões do Fórum da Vila Prudente, em São Paulo. Bruno Bettine de Almeida é servidor do TJSP desde 1998 e mestre em Museologia pela USP, com graduação em História e Direito.

Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes, Maria Cristina Zucchi e Bruno Bettine de Almeida | Foto: Divulgação

A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo Estado de São Paulo, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do governo provisório de Getúlio Vargas.

Em 1930, com o fim da República Velha, Getúlio Vargas chegou ao poder, sendo instalado o governo provisório. A Constituição de 1891 foi anulada; o Congresso Nacional, anulado; os partidos políticos, extintos; e o governo agia por meio de decreto-lei.

Durante quase quatro meses, os paulistas entraram em confronto com as tropas fiéis a Vargas. Oficialmente, o Estado de São Paulo perdeu. Entretanto, no podcast seminal da Apamagis, a desembargadora Maria Cristina Zucchi falou sobre outros significados da revolução. “Como dizia o poeta Paulo Bomfim: ‘Perdemos mesmo? Eu acho que não’. Sempre concordei com ele. Apesar de tudo o que houve, a luta até o fim de São Paulo provocou a elaboração da Constituição de 1934”, ponderou a desembargadora, entre outros pontos.

A diretora de Imprensa da Apamagis concordou com a avaliação. “Apesar de sairmos derrotados, as consequências foram importantes. O Museu do Tribunal tem um papel de guardião deste movimento. É realmente muito especial este tributo, pois faz parte da memória e do orgulho dos paulistas”, destacou Ana Carolina.

Em outro trecho do podcast, Bruno Bettine de Almeida afirmou: “No Museu do TJSP percebemos que há muita parte material da revolução, muitos livros escritos à época. No entanto, o que chama mais atenção no acervo é a quantidade de elementos históricos posteriores, de dez, 20 anos após o movimento”, ressaltou.

O episódio completo do podcast “Vozes da Magistratura” já está disponível no Spotify. Confira! 

 

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