Clube de Leitura debate “O amor segundo Buenos Aires”, livro do brasileiro Fernando Scheller

2 de abril de 2025

O Clube de Leitura da Apamagis debateu, no último dia 1º/4, o livro “O amor segundo Buenos Aires”, do jornalista e escritor brasileiro Fernando Scheller. A mediação ficou por conta da Juíza Danielle Martins Cardoso. A obra, lançada em 2016, é ambientada em Buenos Aires, com suas largas avenidas, cafés em estilo europeu e bairros charmosamente decadentes. O amor está no centro do romance — todas as formas de amor.

Apaixonado por Leonor, Hugo deixa o Brasil com destino à capital argentina. O amor não sobrevive, mas seu fascínio pela cidade resiste à desilusão e à descoberta de que sofre de grave doença. Hugo cria laços com o arquiteto Eduardo e com a comissária de bordo Carolina. Marcam a história Eduardo e seu espírito leal, a sensatez e a determinação de Daniel e o jeito excêntrico de Charlotte.

Fernando Scheller, que tem como método planificar a obra — segundo ele já sabe o começo, o meio e o final da história antes de levá-la ao computador —, vê em Hugo um homem que, após a desilusão amorosa, mantém a constante busca pelo amor. “Ele busca essa sensação — que não é real. Ele conhece uma nova pessoa, de forma repentina, se apaixona, mas tem aquela coisa de ficar perseguindo a pessoa, olhando de longe…”

A cidade e seus narradores

Cidade e personagens são inseparáveis, com cada capítulo regido por um narrador. Cada um deles tem a liberdade de contar a sua versão dos fatos. Daniel é prático, de precária situação econômica, que sofre as agruras de ser gay em uma sociedade conservadora; Carolina, uma mulher intensa e desequilibrada emocionalmente. “Já Charlote é um personagem curioso, ricamente construído pelo autor, embora fruto de uma brevíssima conivência com uma vizinha na capital argentina.

Para habitá-la verdadeiramente, de corpo e alma, o escritor fez várias viagens à capital Portenha. Viajou e pesquisou intensamente. “Em Buenos Aires fui a lugares em que, geralmente, o turista não vai. Mas o importante é frisar que o escritor faz literatura, e não um livro de não-ficção. Literatura é ficção. É uma verdade inventada, e é isso que a torna tão rica”, afirma Fernando Scheller, também autor das obras “Gostaria que você estivesse aqui” e “Paquistão, Viagem à Terra dos Puros”.

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