Projeto “Eu Tenho Voz” atinge 33 mil crianças e adolescentes em sete anos, no Estado de São Paulo
Idealizado e coordenado pela juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, o projeto “Eu Tenho Voz” já chegou a aproximadamente 33 mil crianças e adolescentes entre 2016 e 2022. O programa, que tem a parceria da Apamagis, foi desenvolvido para prevenir o crime de abuso sexual, físico e psicológico e conta com a participação de diversos magistrados voluntários.
Por meio da peça teatral “Marcas da Infância”, da Companhia Narrar Histórias Teatralizadas, o tema da violência é exibido de forma adequada para crianças e adolescentes, preferencialmente entre 7 e 13 anos, em escolas públicas no Estado de São Paulo.
“O projeto foi idealizado diante da constatação do crescimento das estatísticas criminais relacionadas nesta faixa etária. Como grande parte dos casos é cometida em casa ou próximo do lar, o ambiente escolar é um reduto de segurança para esses jovens”, afirmou Hertha de Oliveira, que é coordenadora do Núcleo de Mediação e Conciliação do Departamento de Centro de Estudos da Apamagis e também 1ª vice-presidente do Ipam (Instituto Paulista de Magistrados).
As apresentações de “Marcas da Infância” são realizadas sempre com a presença de membros da Magistratura para transmitir confiança e empatia, aproximando o Poder Judiciário das comunidades. Este cenário gera também nas vítimas a certeza de que podem fazer uma denúncia, pois serão ouvidas.
Entre 2016 e 2022, foram feitas 555 denúncias de violência após a exibição nas escolas. Todos os casos são encaminhados para investigação e possível adoção de medidas protetivas para a vítima. “Este número mostra a dimensão da importância deste projeto. Se só uma denúncia tivesse sido feita, já teria valido a pena tudo o que fizemos”, relatou Hertha de Oliveira.
O projeto mantém parcerias com as Secretarias de Educação Municipal e Estadual de São Paulo. Em conjunto com o Ipam, definem as escolas de ensino fundamental I e II e os centros comunitários, localizados prioritariamente em áreas vulneráveis e de risco, onde a peça será exibida a cada semestre.
Há também a colaboração do CNRVV (Centro de Referência às Vítimas da Violência), do Instituto Sedes Sapientiae, que disponibiliza equipes interdisciplinares para acompanhar a solução do caso, respeitando todas as singularidades. O Ipam coordena o desenvolvimento e a logística das ações realizadas.
Outros parceiros do “Eu Tenho Voz” são o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP, as Polícias Civil e Militar de São Paulo e o Ministério Público do Estado de São Paulo.
Sobre o ‘Civitas’
“Civitas” é um espaço destinado para divulgar as ações sociais desenvolvidas com o apoio dos magistrados. É uma palavra do latim que significa cidadania e também outros termos relacionados.
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