Apamagis promove palestra para alertar sobre como evitar golpes financeiros
Pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que três em cada dez brasileiros já foram vítimas de golpes ou tentativas de golpes financeiros. As modalidades variam: apostas, vendas de produtos on-line, pirâmides. Para discutir o problema a Apamagis realizou a palestra “Como evitar golpes financeiros”. Bruno de Masredon, Pedro Kallel Oliveira e Bruno Chiazzotti, assessores da Manhattan Investimentos, abordaram o tema, os fatores que levam ao delito e como se proteger contra tais tais golpes.
“Todos os dias somos bombardeados por informações e tentativas de invasão a plataformas digitais. Para se ter uma ideia, hoje, no Brasil, há mais CPFs de pessoas físicas cadastrados em pirâmides do que na própria bolsa de valores. Por isso, é importante estar atento à nossa volta na internet”, afirma Chiazzotti.
A sedução provocada pelas promessas de ganhos elevados em pouco tempo está entre os fatores psicológicos que levam a vítima a ser enganada. E neste quesito, segundo Masredon, homens são mais suscetíveis do que as mulheres: “Eles são menos desconfiados. Confiar demais nas pessoas também ajuda os criminosos. Finalmente, há o chamado ‘efeito manada’. Você vê amigos e parentes entrando no mesmo esquema e não quer se sentir excluído”.
Outro golpe frequentemente praticado é o pishing, enviado por e-mails. Neles o golpista se passa por um representante de banco, induz as pessoas a acessar certos links e invade dados da vítima. Apostas e vendas de produto on-line e crimes via WhatsApp também são práticas comuns. Neste último, o golpista solicita que a pessoa informe seu pix, que será utilizado posteriormente, sem que ela saiba, para solicitar dinheiro a outras pessoas.
Iscas sedutoras
As pirâmides representam – de longe – a principal artimanha. Além do “efeito manada”, o golpista – que se apresenta como uma pessoa confiável, usa trajes sóbrios e cabelos grisalhos – trabalha principalmente com a isca do tempo: “A promoção é por tempo limitado!”, “Há apenas uma vaga!” Segundo Kallel, o criminoso também mexe com o desejo das pessoas, com seus sonhos de consumo.
Entre os casos mais famosos de pirâmide destacados pelos assessores da Manhattan estão os das Fazendas Reunidas Boi Gordo – famosas pelas publicidades veiculadas no horário da novela Rei do Gado, da Rede Globo. Por meio delas, na década de 1990, a Boi Gordo garantiu aos investidores que eles receberiam, depois de 18 meses, o lucro da venda do boi engordado. A promessa girava em torno de 42% de rendimento via certificados de investimentos. A empresa, no entanto, pagava contratos vencidos com recursos de novos investidores, em esquema configurado como pirâmide financeira. Em 2001, a Fazendas Reunidas Boi Gordo pediu concordata e faliu em 2004.
De acordo com Kallel, uma das maneiras de proteção contra os golpes financeiros é pesquisar o histórico da empresa ou pessoa que oferece um suposto negócio atrativo: “Desconfie. Não existe grande negócio sem riscos. Todos têm riscos. Procure profissionais certificados. Mas, tão importante quanto isso, é pesquisar se a instituição existe no site do Banco Central e na CVM. As grandes fortunas não foram construídas do nada. São fruto de gerações. Fórmulas mágicas – e algumas não são ilegais – geralmente escondem golpes”.
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