Apamagis promove palestra para alertar sobre como evitar golpes financeiros

7 de março de 2023

Pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que três em cada dez brasileiros já foram vítimas de golpes ou tentativas de golpes financeiros. As modalidades variam: apostas, vendas de produtos on-line, pirâmides. Para discutir o problema a Apamagis realizou a palestra “Como evitar golpes financeiros”. Bruno de Masredon, Pedro Kallel Oliveira e Bruno Chiazzotti, assessores da Manhattan Investimentos, abordaram o tema, os fatores que levam ao delito e como se proteger contra tais tais golpes.

“Todos os dias somos bombardeados por informações e tentativas de invasão a plataformas digitais. Para se ter uma ideia, hoje, no Brasil, há mais CPFs de pessoas físicas cadastrados em pirâmides do que na própria bolsa de valores. Por isso, é importante estar atento à nossa volta na internet”, afirma Chiazzotti.

A sedução provocada pelas promessas de ganhos elevados em pouco tempo está entre os fatores psicológicos que levam a vítima a ser enganada. E neste quesito, segundo Masredon, homens são mais suscetíveis do que as mulheres: “Eles são menos desconfiados. Confiar demais nas pessoas também ajuda os criminosos. Finalmente, há o chamado ‘efeito manada’. Você vê amigos e parentes entrando no mesmo esquema e não quer se sentir excluído”.

Outro golpe frequentemente praticado é o pishing, enviado por e-mails. Neles o golpista se passa por um representante de banco, induz as pessoas a acessar certos links e invade dados da vítima. Apostas e vendas de produto on-line e crimes via WhatsApp também são práticas comuns. Neste último, o golpista solicita que a pessoa informe seu pix, que será utilizado posteriormente, sem que ela saiba, para solicitar dinheiro a outras pessoas.

Iscas sedutoras

 As pirâmides representam – de longe – a principal artimanha. Além do “efeito manada”, o golpista – que se apresenta como uma pessoa confiável, usa trajes sóbrios e cabelos grisalhos – trabalha principalmente com a isca do tempo: “A   promoção é por tempo limitado!”, “Há apenas uma vaga!” Segundo Kallel, o criminoso também mexe com o desejo das pessoas, com seus sonhos de consumo.

Entre os casos mais famosos de pirâmide destacados pelos assessores da Manhattan estão os das Fazendas Reunidas Boi Gordo – famosas pelas publicidades veiculadas no horário da novela Rei do Gado, da Rede Globo. Por meio delas, na década de 1990, a Boi Gordo garantiu aos investidores que eles receberiam, depois de 18 meses, o lucro da venda do boi engordado. A promessa girava em torno de 42% de rendimento via certificados de investimentos. A empresa, no entanto, pagava contratos vencidos com recursos de novos investidores, em esquema configurado como pirâmide financeira. Em 2001, a Fazendas Reunidas Boi Gordo pediu concordata e faliu em 2004.

De acordo com Kallel, uma das maneiras de proteção contra os golpes financeiros é pesquisar o histórico da empresa ou pessoa que oferece um suposto negócio atrativo: “Desconfie. Não existe grande negócio sem riscos. Todos têm riscos. Procure profissionais certificados. Mas, tão importante quanto isso, é pesquisar se a instituição existe no site do Banco Central e na CVM. As grandes fortunas não foram construídas do nada. São fruto de gerações. Fórmulas mágicas – e algumas não são ilegais – geralmente escondem golpes”.

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